"Uma loja para quem Quer brincar
Catarina Figueira virou as costas aos brinquedos dos hipermercados e visitou uma loja onde o papel principal na brincadeira é da criança.
Não entre nesta loja se procura um brinquedo em que a criança se limita a carregar num botão e há qualquer coisa que dispara ou faz uma graça. Também não vale a pena entrar se o que tem em mente é um brinquedo igual aos que se vendem nos hipermercados, de preferência de dimensões avantajadas, que os olhos também comem.
É que na Quer o protagonismo vai todo para a criança e não para o brinquedo em si. Os produtos que preencham este requisito têm entrada garantida na loja que Susana Alpalhão e Amélia Barros abriram na zona do Lumiar vai para cinco anos, com a ideia de que esta fosse uma “inspiração para crescer”.
Quando se lançaram no projecto, as duas sócias queriam um espaço que fosse comércio tradicional no seu melhor, a típica loja de bairro em que o cliente entra cliente e sai amigo e onde se acerta em cheio em presentes mesmo sem se conhecerem os presenteados.
Mas quando as crianças vão à Quer têm carta branca para abraçar os bonecos da Kathe Kruse, folhear os livros do Planeta Tangerina, da Kalandraka e da Bruaá, construir figuras juntando as peças de madeira da Miler Goodman, ou dar uma voltinha no carrinho de movimento da Sibis, uma marca com mais de 300 anos.
Se os brinquedos fossem países, estaria reunida nesta loja uma interessante mistura de culturas. A Alemanha, que ocupa um lugar no pódio dos melhores produtos para a infância, está bem representada através de marcas como a Haba ou a Djeco.
As proprietárias não têm problemas em admitir a preferência por marcas estrangeiras porque dizem que a qualidade dos brinquedos não se compara, mas equilibram bem a coisa com os bonecos de Rosa Pomar e de Julieta Franco, os quadros de Rachel Caiano ou a bijutaria da Margapinta, tudo referências nacionais.
Na loja Quer o que se quer é que a criança pense, crie, construa e descubra e por isso as prateleiras estão bem fornecidas com jogos de estratégia e de lógica, de construção e de raciocínio matemático, bonecas com enchimento de lã, puzzles, livros, kits científicos e de artes plásticas, brinquedos que estimulam a motricidade e que, mais importante do que tudo, privilegiam a socialização entre miúdos e adultos (há uns kits fantásticos da marca Little Experience que têm pelo menos uma tarefa que exige a participação de uma pessoa crescida). E o que dizer dos jogos de cartas, mímica e dominó que vêm dentro de umas latinhas amorosas e que se sacam facilmente da mala sempre e onde estalar uma birra?
Na Quer há tudo isto e há também cadernos de papel cebola e caixas de lápis de cera de abelha (óptimos para miúdos que se distraem e põem tudo na boca), porque, como diz uma das donas da loja, para quem está a crescer “não há nada melhor do que uma folha em branco”.
A loja Quer fica na R Agostinho Neto 35, no Lumiar. O telefone é o 21 757 1066. www.quer.com.pt."
Fica aqui o link!
Obrigada à Catarina por ter captado a nossa essência, é sempre bom sermos reconhecidos!
Já agora fazemos uma pequena correcção à Djeco é francesa e não alemã!
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